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Tuesday, May 31, 2005

 

O NON no Causa Nossa

Parafraseando o nosso ininteligível presidente Sampaio, há esquerda para além do Barnabé. Por esse motivo, dedico este poste a analisar as reacções da esquerda mainstream no blogue em título.

Ana Gomes, num poste histérico emotivo defende a fuga para a frente [olha, olha, tal qual o Durão Barroso], vergasta os traidores do PSF classificando-os como interesseiros [não é possível! políticos interesseiros? mas que idade é que esta senhora tem, afinal?], fuzila a esquerda e direita folclóricas como uma sórdida aliança entre a extrema-direita anti-europeista de Le Pen/de Villiers e de dirigentes que se dizem de esquerda. Salva-se da sua prosa uma verdadeira pérola de sabedoria: Escrevo a quente e provavelmente não devia. Pois é, minha cara Ana Gomes, provavelmente não devia. Olha que algumas coisas que se dizem, e pior ainda, que se escrevem, correm o risco de se tornarem algo difíceis de desmentir, mesmo para um político.

Em contrapartida, Vital Moreira, em dois postes, apesar de mostrar alguma dificuldade em engolir a sua bílis, faz por racionalizar a sua - mais que previsível - desilusão. O seu prognóstico é de uma profunda crise das instituições europeias. É capaz de ter razão. Mas o tom parece excessivamente pessimista. Assim como o retomar pela inversa o discurso dos euro-guerreiros: a Europa contra o mundo. A Europa falhou, o mundo celebra... Uma variante do tema no poste anterior: a esquerda deu a vitória à direita. A esquerda falhou, a direita celebra. Devo ter feito confusão quando vi a CGT, LCR e por aí fora a festejar... Não é que os betinhos e legionários da FN não aproveitassem também para abrir o champagne e exigir a demissão de Chirac.

Mas seria talvez mais exacto escrever que as elites europeias, que tão lampeiras foram a cozinhar, assinar e aprovar um Tratado Constituinte, não o tenham sabido servir aos europeus. O que fazer agora, com a anunciada vitória do Nee na Holanda? Mais fuga para a frente, como Ana Gomes recomenda? Carpir os defundos, como Vital Moreira defende? Ou talvez repensar o Tratado, como de algum modo Medeiros Ferreira defende no Bicho Carpinteiro?

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