.comment-link {margin-left:.6em;}

Tuesday, May 31, 2005

 

O NON no Causa Nossa

Parafraseando o nosso ininteligível presidente Sampaio, há esquerda para além do Barnabé. Por esse motivo, dedico este poste a analisar as reacções da esquerda mainstream no blogue em título.

Ana Gomes, num poste histérico emotivo defende a fuga para a frente [olha, olha, tal qual o Durão Barroso], vergasta os traidores do PSF classificando-os como interesseiros [não é possível! políticos interesseiros? mas que idade é que esta senhora tem, afinal?], fuzila a esquerda e direita folclóricas como uma sórdida aliança entre a extrema-direita anti-europeista de Le Pen/de Villiers e de dirigentes que se dizem de esquerda. Salva-se da sua prosa uma verdadeira pérola de sabedoria: Escrevo a quente e provavelmente não devia. Pois é, minha cara Ana Gomes, provavelmente não devia. Olha que algumas coisas que se dizem, e pior ainda, que se escrevem, correm o risco de se tornarem algo difíceis de desmentir, mesmo para um político.

Em contrapartida, Vital Moreira, em dois postes, apesar de mostrar alguma dificuldade em engolir a sua bílis, faz por racionalizar a sua - mais que previsível - desilusão. O seu prognóstico é de uma profunda crise das instituições europeias. É capaz de ter razão. Mas o tom parece excessivamente pessimista. Assim como o retomar pela inversa o discurso dos euro-guerreiros: a Europa contra o mundo. A Europa falhou, o mundo celebra... Uma variante do tema no poste anterior: a esquerda deu a vitória à direita. A esquerda falhou, a direita celebra. Devo ter feito confusão quando vi a CGT, LCR e por aí fora a festejar... Não é que os betinhos e legionários da FN não aproveitassem também para abrir o champagne e exigir a demissão de Chirac.

Mas seria talvez mais exacto escrever que as elites europeias, que tão lampeiras foram a cozinhar, assinar e aprovar um Tratado Constituinte, não o tenham sabido servir aos europeus. O que fazer agora, com a anunciada vitória do Nee na Holanda? Mais fuga para a frente, como Ana Gomes recomenda? Carpir os defundos, como Vital Moreira defende? Ou talvez repensar o Tratado, como de algum modo Medeiros Ferreira defende no Bicho Carpinteiro?

Monday, May 30, 2005

 

New York Times: What's at stake in France's EU constitution vote?

De acordo com o New York Times, o que está em causa no referendo do Tratado Constitucional em França tem misteriosamente qualquer coisa que ver com as forças de segurança da Autoridade Palestiniana... Obsessão ou deslize freudiano?

 

O espelho mágico do NON

Adeptos do OUI e adeptos do NON olham para o resultado do referendo ao Tratado Constitucional em França como quem olha para um espelho mágico que mostra os seus íntimos desejos. Tratando-se de uma votação, ficam, neste caso à vista os desejos políticos de cada um.

Assim, em todo o arco político que apoiou o NON, e que abarca dirigentes da extrema-esquerda à extrema-direita, todos se dizem vencedores.

Os nacionalistas aproveitam para referir que esta votação confirmou a sua xenofobia, os internacionalistas para sublinhar que se trata de um desejo colectivo de uma maior solidariedade.

Os liberais, para destacar que venceu a linha anti-burocratica, os colectivistas que triunfaram sobre o espectro do neoliberalismo.

E poder-se-ia continuar a contrapôr opostos ao longo de muitas páginas.

Pacheco Pereira, no Abrupto destaca com alguma lucidez (cito textualmente porque o poste é pequeno, e é difícil linkar para um poste específico do Abrupto):

09:54 (JPP)
ESQUERDA / DIREITA

O referendo francês é mais um exemplo da esterilidade em querer pensar tudo em termos da dicotomia esquerda / direita. Acrescento-o a uma já longa lista de questões, de issues que mostram o esgotamento heurístico do dualismo reducionista.


outros recusam-se a aceitar a pluralidade de motivos que podem existir para rejeitar (ou aprovar, mas não foi este o caso) qualquer assunto proposto num referendo. Preferem sondar o espelho mágico do NON.

Friday, May 27, 2005

 

O referendo constitucional europeu na Holanda



Alguma propaganda pelo Sim e pelo Não da campanha do Referendo Constituicional Europeu na Holanda... Via Zacht Ei (confesso que muitas das imagens me passam completamente ao lado, já que não percebo grande coisa de holandês).

 

Polémica sobre a natureza do mal absoluto

Após a bombástica afirmação pelo leader dos Coldplay, Chris Martin, identificando os accionistas como o maior mal do mundo moderno, Thom Yorke, dos Radiohead vem contrapôr que o eminente teólogo cientista músico pop está enganado. O maior mal do mundo moderno são aqueles que rejeitam a sagrada escritura mudança climática. Citando Thom Yorke: it is a flagrant evil, more evil than anything else.

Via The Daily Ablution. Vão até lá, e leiam o resto.

 

Entretanto, no Iraque

Ao que parece, al-Zarqawi mostrou alguma falta de agilidade e fez dói-dói com um tiro num pulmão. Tim Blair e Chrenkoff partilham com os seus leitores as suas preocupações com o bravo guerrilheiro terrorista.

Citando Tim Blair: My own personal lung prayer has also been answered:
Insurgents said Wednesday in interviews and statements on the Internet that the leader of the group al Qaeda in Iraq, Abu Musab Zarqawi, was struggling with a gunshot wound to the lung.
It only hurts when he breathes.


Para além disto o pobre Saddam sofre...



... uma terrivel humilhação ao ser retratado na primeira página do tabloide britânico The Sun em cuecas...
O povo iraquiano está indignado com a situação, como pode ser comprovado na foto abaixo, extraída de um despacho da AP:


Hamza Adnan, 8, Jinan Jassim, Ayah Faiz, 5, and Duha Munaf, 16, from left, watch Dubai-based satellite television station al-Arabiya in a house in the Karada area of Baghdad, Friday May 20, 2005, as it broadcasts Friday's front page of Britain's mass circulation tabloid newspaper, the Sun, showing Saddam Hussein standing in his white underwear while folding what appears to be a brown pair of trousers.

 

A bela adormecida

A Europa é uma bela adormecida, e que não faz tenções de acordar: a realidade não se compara ao belo sonho social em que estamos imersos. Mark Stein, no Spectator (registo necessário):

The electors of North Rhine-Westphalia certainly understand the nature of the times in which they live. If it were just a matter of kicking Gerhard Schroeder's sorry ass around the room, I'd be all in favour of last Sunday'’s election result. But, in fact, voters in the Ruhr were punishing his party for their temerity in proposing even a teensy-weensy, tentative, tepid reform of their arthritic welfare state. They may have ended four decades of SPD rule, but they did so in order to vote against change. The Christian Democrats and Liberal Democrats are merely passing beneficiaries of the electorat'’s determination to live in denial for as long as they can get away with it.

Mark Stein fala de negação, eu diria antes sonhar acordado (mas pouco). Os resultados das últimas eleições cá na aldeia, tal como os previstos resultados do referendo na França e Holanda, indicam claramente que o eleitorado pensa que ainda não chegou a hora de acordar.

Trata-se de um caso claro de preguiça matinal: sabemos que temos que nos levantar, mas damos tudo por mais cinco minutos de sono.

Via Chrenkoff.

Wednesday, May 25, 2005

 

Read my (f)lips...

... no more taxes.

Aqui há uns anitos, custou a Bush Sr. a reeleição. Cá irá eventualmente custar apenas as eleições autárquicas às luminárias do PS.

De qualquer modo proponho a carinhosa alcunha de flipper para Sócrates...

Tuesday, May 24, 2005

 

Boas notícias, apesar de tudo...

O camarada Guterres vai mesmo para a ONU, ajudar a esbanjar as massas destinadas aos refugiados... Antes lá do que cá. Pelo menos estamos livres do homem como possível presidente.

E, ou muito me engano, ou os media vão tocar o patritismozinho da grande honra em ter encontrado uma (outra, lembremos a da CGD) prateleira dourada para este bibelot, que, ainda por cima, tem a vantagem de ser gratuíta (pelo menos tenho essa esperança, nunca se sabe o que é que o Sócrates terá prometido a Annan)...

 

Foda-se

De acordo com este poste, o IVA passa para 21%... A TSF anunciou este aumento. Informa ainda que também (passo a citar) 'Foi ainda decidido aumentar os impostos sobre o tabaco e o álcool, mas o valor dessas subidas ainda não foi fixado.' Enfim, passa o pleonasmo.

Se calhar também vou comprar... pelo menos descarrego cada vez que escrever Finanças Públicas.

Via Blasfémias.

Mais sobre o (des)governo a ler n'A Matriz. Via Jaquinzinhos.

 

6.83%

Por incrível que pareça, os media engoliram isco, anzol e chumbo, e por pouco que não iam engolindo a cana também.


Incrível, tomava-os por mais conscientes... Ou talvez menos alinhados... Enfim!...


Então não se está mesmo a ver que isto é tudo teatrinho de rua, e do mais pindérico, para atirar com areia aos olhos do pessoal, enquanto nos pespegam com mais uns impostozitos? Por acaso é minimamente credível que Vitor Constâncio, que por acaso até é governador do Banco de Portugal já faz uns anitos, tivesse que fazer um 'estudo' para determinar o valor do deficit? Já agora, estes 6,83% (Estou surpreendido com esta falta de rigor! Só duas casas decimais!!! O Vitor Constâncio devia apresentar as continhas ao povo até ao último cêntimo!) incluem as borlas (SCUTs, aumento de pensões, 150,000 empregos, etc, etc) do poder socialista ou não?

Ou muito me engano, ou Sócrates e Campos e Cunha vão já apresentar o 'milagre' da redução do deficit quando da discussão do Orçamento Rectificativo ou Suplementar ou lá como se chama... Aqui teremos um primeiro bónus da 'seriedade' socialista... Os 6.83% a derreterem-se para uns 5.5% (nem é difícil, basta uma dose muito moderada de contabilidade criativa). E ainda vai dar para distribuir benesses pelos camaradas à vontade. Perguntem só ao Jorge Coelho.

[Update] Rodrigo Adão da Fonseca, explica, neste poste, a situação muito melhor do que eu a poderei alguma vez explicar. Só para clarificar:

Jorge Coelho está surpreendidíssimo com o estado das contas públicas. Está, ainda, incrédulo, porque descobriu que afinal a Britney Spears já não é virgem; e que as da Pamela Andersen não são originais.

Vão lá e leiam tudo...


Monday, May 23, 2005

 

Mesmo não vivendo em New York

... também estou de acordo. Um post de Stephen Green, no Vodkapundit faz referência a um plano sensível para a re-urbanização do ground zero, proposto por Donald Trump:

Billionaire developer Donald Trump has officially thrown his support behind a plant to rebuild the Twin Towers at Ground Zero in practically the same form they were in prior to the September 11 attacks with a few safety modifications.

Trump implored Governor George Pataki to discard the plans for the 'Freedom Tower' presently on the table, describing the design as 'the worst pile of crap architecture I've ever seen in my life,' according to a report published in 'Newsday.'

Wednesday, Trump held a news conference at Trump Towers on Fifth Avenue to announce his support for a 'taller, stronger, more beautiful version of the World Trade Center.'

Sem dúvida.


Friday, May 20, 2005

 

Demagogias e demagogos

Não sei qual é o problema que algumas franjas políticas têm com aventureiros demagogos. Não gostam de aventureiros? Agora! Não gostam de demagogos? Isso já depende: se disserem o que gostam de ouvir até se deliciam e, claro, não os classificam como demagogos, mas sim como grandes oradores.

Senão vejamos, quem está na política que não seja um demagogo aventureiro? No PS, temos o demagogo Sócrates, o tal que não ia aumentar os impostos.

No PSD, é só escolher, demagogia é o que não falta (embora o Marques Mendes ande ultimamente armado em estadista responsável, a fazer uns favorzitos à esquerda, na esperança de umas migalhas que caiam da mesa do poder - no fundo, mais demagogia).

Já no CDS/PP, PP/CDS, só CDS ou só PP (ainda não consegui descobrir exactamente qual a sua versão actual), com o afastamento da àrea do poder, a demagogia campeia (ou Campelo?)...

O ramalhete da extrema esquerda, distribuído entre o Bloco da Esquerda Folclórica, com o seu demagogo mor Francisco Louçã, acolitado pelos demagogozitos Fazenda, Drago e Rosas e ainda mais alguns ninguéns, e o Partido Stalinista Português, onde o querido Jerónimo lá se esforça na substituição da insubstituivel demagogia de Cunhal, sem grande sucesso, mas apesar de tudo com uma prestação muito superior à de Carvalhas, pelos mesmos motivos - afastamento seguro da àrea de poder - também bota demagogia que não acaba nunca. E é de facto só demagogia. Porque a prática é substancialmente diferente. Basta olhar para as autarquias geridas por membros destes alegres irresponsáveis outro galo canta: apesar de tudo, nunca vi um Presidente de Câmara do PCP ou BE a garantir o pleno emprego na sua autarquia oferecendo para isso lugar a todos os interessados na Administração Local. A alguns amigos do peito ainda vá que não vá... Agora à malta toda, como se defende desenvergonhadamente na Assembleia da República? Não me parece.

 

Não à caldeirada constitucional europeia

O que me custa mais nesta 'Constituição' 'Europeia' - é assim mesmo, pessoal, as aspas são de propósito - é a necessidade de mais de 600 páginas para um federalismo muito, mas muito timido, misturado com uma dose substancial de nacionalismo. Os Estados Unidos constituiram-se e governaram-se durante mais de 200 anos com uma constituição que cabe numa folha A4 - usando um tipo legível - com aditamentos que cabem em mais duas ou três folhas. Para que é que são necessárias as restantes 600 cozinhadas por Giscard? Para a salvaguarda de interesses 'especiais'? Para a 'excepcionalidade' europeia? Para construir um texto tão confuso que se preste a todas as interpretações? Inclino-me mais para esta última possibilidade, mas a ser verdade, então para que precisamos de um documento?

Não seria mais simples aceitar como fundador um documento muito mais consensual como, por exemplo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adicionar a definição de cidadania europeia e ponto final? O Parlamento Europeu poderia sempre acrescentar uns aditamentos. E já agora, porque não aproveitar para transformar um qualquer orgão, por exemplo, a Comissão Europeia, num senado, em que todos os estados membros tivessem assegurada igual representação. Os seus membros poderiam ser nomeados por cada estado membro, de preferência recorrendo a eleições nacionais.

Não é que seja contra uma eventual unidade europeia. Não sou. Mas sou contra a caldeirada de federalismo e nacionalismo desta constituição europeia. E por isso votarei contra no próximo referendo.


 

Quantos dias deste ano pertencem ao ano anterior?

JPH, no Glória Fácil, escreve, sob o título Défice, textualmente (olhem que é mesmo copy & paste):

Quando sair o novo número do défice vou querer saber que parte corresponde aos últimos seis meses de 2004. Para saber qual a culpa de Santana? Não. Para saber a culpa de quem lá o pôs.

Até PSL, que não é conhecido pela sua facilidade com números, conseguiu ontem explicar, numa entrevista televisiva, e em poucos minutos, como é que se chegava, a partir dos 2.9% previstos no OE para 2005 aprovado por pressão do Presidente Jorge Sampaio (é bom não esquecer que o nosso querido presidente até adiou a dissolução da AR para permitir a sua aprovação) aos 7% tão badalados actualmente na imprensa.

Wednesday, May 18, 2005

 

...istão

A propósito de um poste no Barnabé, uma resposta ao Bruno Cardoso Reis.

O Bruno Cardoso Reis não tem nada à priori contra os Estados Unidos. Fica-lhe muito bem esse à priori. Senão até podia parecer um desses fanáticos intolerantes. Aparentemente tudo o que o Bruno tem contra os Estados Unidos é porque eles são mesmo mauzões. Tanto, que embora uma vez por outra apareça no Barnabé um ou outro poste sobre americanos, nunca lá li aprovação de qualquer política adoptada pelo governo dos Estados Unidos. Daí esse governo ser mesmo mau, nem uma única política positiva para o Bruno e para os outros Barnabés. Olhem que é obra, estar sempre errado. Estar sempre errado é quase tão difícil como estar sempre certo. Mesmo o governo mais incompetente deve acertar por vezes... E tal como o governo, por extensão a maioria dos americanos, já que os Estados Unidos são um país democrático: um governo de rednecks para uma nação de rednecks. No entanto os Brunos deste mundo não se deixam cair numa armadilha assim tão simples. Assim, conforme as conveniências do momento, o povo americano é manipulado pelos media (os mesmos media que são mais críticos do poder que qualquer jornal europeu, já para nem falar noutras regiões do mundo), por uma conspiração capitalista, pelos seus aliados, por interesses obscuros, enfim é só escolher.

É verdade que qualquer política que se escolha nunca é isenta de críticas. Mas, como Revel sublinhou, apenas os Estados Unidos são criticados por fazer e por não fazer. Por uma política e pela política contrária. Até se fica a pensar que o alvo real da crítica é o seu sucesso, não as suas falhas (que existem, claro!).

E vou resumir a minha crítica ao poste: posso até achar aceitável que um americano exija standards de ética mais elevados do seu governo, até porque encaixa bem nas suas próprias tradições. O que já é menos aceitável é que qualquer um se sinta no direito de criticar o governo americano sem olhar para as suas próprias traseiras. É que a Europa e os seus estados-nação não têm nada que aprender em termos de hipocrisia diplomática, colonialismo ou imperialismo. Antes pelo contrário.

Sei que os moralistas à esquerda e à direita gostam muito de apontar para o lado numa tentativa de esconder as suas próprias deficiências. Nem me apetece entrar nesse jogo: poucos países têm uma história impoluta, e os que a têm é porque ainda não tiveram tempo para ter história.

A situação no Uzbequistão é apenas a repetição de tantas outras - o Bruno escreve sobre a Ucrânia, mas podia ser a Tchéchenia ou a Georgia - provocadas pelo desabar do império colonial dos russos. Para nem recuar muito, quem ainda hoje se lembra da guerra entre a Arménia e o Arzebeijão? Qual é que era a posição ideológica politicamente correcta nesse conflito? Dependia das imagens que passavam nas televisões?

Provavelmente assim seria... Não é sempre? Razão tinha Goebbels, que dizia que uma mentira, se repetida vezes suficientes, era verdade. Portanto assim é: os Estados Unidos, que forçaram as potências europeias a desmantelar os seus impérios coloniais em África e na Ásia no final da II Guerra Mundial são colonialistas. Os carroções com os colonos já vão de abalada para o Iraque sob a protecção do 7º de cavalaria de Fort Fallujah, à conquista de um novo Wild West. Repitam vezes suficientes, já há quem acredite, se repetirem mais vezes toda a gente acreditará. E quem não acreditar, que se cale. Os Brunos cá estão para o desacreditar.

Tuesday, May 17, 2005

 

Politest

Bem, também eu fiz o teste... Claro que está tudo em françês, e os resultados... O melhor é nem dizer. Uma Europa solidária?...

O resultado foi este:

Vous vous situez à droite.
Le parti dont vous êtes le plus proche :
l'UMP
L'UMP est en majorité POUR la Constitution européenne.

Para verificar quais os talking points da UMP aqui fica o endereço do seu site.

Wednesday, May 11, 2005

 

Interessante

Um planisfério da imprensa (infelizmente, muito incompleto).

Via Blogue de Esquerda(II).

 

Testem as vossas tendências políticas

É só dar um saltinho ao site Jennifer Government: NationStates. Criem a vossa utopia perfeita. Há para todos os gostos: desde ditaduras psicóticas até socialismos delicodoces. Deixem uma mensagem para Republic of Noproblemo.

Monday, May 09, 2005

 

Mais uns que se enganam

Capa da Economist:



Eles não só acertam uma...

Via Chrenkoff.

Saturday, May 07, 2005

 

Ainda as eleições no Reino Unidos

Título do Público: Blair vence eleições mas perde quase cem deputados.

Ficamos assim a saber que 409 - 356 = 53 ou seja quase 100. Que a larguissima maioria das notícias internacionais seja copiada de despachos das grandes agências - Reuters, AP, etc - ainda se aceita, até porque este plágio descarado não é exclusivo do Público. Agora empregar 'jornalistas' - se calhar devia dizer tradutores - que nem sequer sabem bem o que estão a ler já é mais difícil de engolir.

Enfim, se calhar o 'jornalista' estava a pensar na guerra do Iraque e no 'eles mentem, eles perdem', e fez confusão entre os seus desejos e a realidade. Acontece a muitos jornalistas.

A propósito: um poste excelente no Jaquinzinhos.

 

Camaradas!

Apoiem todos o:

WPPGBSPMLMZAGPST !


E não percam as aventuras de Dave Wheelbarrow.

Via No Pasarán!

 

Greenpeace acusado de violar leis ambientais

Irónicamente, durante uma campanha anti abate de árvores no Alaska, o Greenpeace foi acusado de não cumprir as regras contra derrames de oleo/combustíveis no seu navio Artic Sunrise...

É assim, meus filhos. Calha a todos. Ou será antes (mais) um exemplo da filosofia de frei Tomás?

Via Tim Blair.

Friday, May 06, 2005

 

Eleições no Reino Unido

Agora que existe uma certeza na vitória de Blair, algumas curiosidades, como este artigo no Times Online, que ensina a deliciosa arte de tradução entre politiquês e linguagem vulgar. Alguns exemplos, no inglês original:

10pm: EXIT POLL POINTS TO LANDSLIDE LABOUR WIN

Labour: “We’re not counting any chickens yet because strange things can happen. But if these figures are right, the country has made a decision to move fowards rather than back to the nasty and divisive Britain represented by Michael Howard’s election campaign.”

Translation: “Wa-hey! Four more years!”

Tories: “Exit polls have been wrong before. There is only one poll that matters — the one involving real votes in real ballot boxes. We have heard a lot about opinion polls in the past few weeks but the feeling on the ground is very different.”

Translation: “We’ve lost, but hopefully Michael Ancram will take over in an hour or so to explain this disaster.”

Lib Dems: “This shows we are now the real opposition to Tony Blair’s Labour Party. People have warmed to Charles Kennedy’s laidback style.”

Translation: “I can’t believe Blair got away with it. Where’s Kennedy? He’s a useless, lazy idiot who missed the best chance we’ve had for 100 years.”

Vão lá, e leiam tudo.

Thursday, May 05, 2005

 

De Neocom a Neocon

Não percam este post fantástico de Joana a propósito de Massimo D’Alema... Vão lá e leiam tudo.

 

Parabéns!

... para o Abrupto, que celebra hoje o seu segundo aniversário. Que conte muitos outros!

Wednesday, May 04, 2005

 

Congresso de viajantes do tempo

Já para a semana que vem, no MIT. Viajantes do tempo, não faltem a este importante evento!... Ou então faltem!

Pelo menos temos que admitir que é uma forma algo original de auto-promoção ... e até de eventualmente fazer uns cobres para financiar uma festarola. Via IMAO.

[Update] Olha, outra aqui... Tanta profusão arrisca-se a confundir os pobres viajantes do tempo.

Tuesday, May 03, 2005

 

Cobardias...

Uma questão hoje na berra é a despenalização da interrupção voluntária de gravidez - na sua grafia politicamente correcta - ou liberalização do aborto, em português mais corrente. Alguns comentadores da nossa bem pensante esquerda totalitária (isto é, PCP e BE) pretendem fazer deste assunto uma questão fracturante entre a esquerda e a direita. Nisto mostram algum rigor táctico, até porque os partidos de direita caem que nem uns patinhos na armadilha que lhes é estendida.

Todos sabemos que tanto na esquerda como na direita existem opositores e apoiantes da liberalização do aborto. O que acontece é que, de cada lado, existem poucos que falam, e muitos que gritam.

Esquerda? Direita? Na questão da despenalização do aborto, a divisão pode, sim, colocar-se entre autoritaristas e libertários. Já para não contabilizar os sempre presentes e incontornáveis oportunistas.

Assim como também se pode constatar a enorme e ofuscante cobardia política de todos os partidos, excepto, evidentemente, os irresponsáveis do PCP (não têm qualquer necessidade de assumir responsabilidades, porque como já sabem muito bem, as possibilidades de se tornarem poder são infimas). Nem o inefável Francisco Louçã nem os seus camaradas com o seu moralismo esquerdista de pacotilha mostraram coragem para dispensar o inevitável referendo.

Todos se querem mostrar modernos e paladinos dos direitos das mulheres, mas quando chega ao capítulo dos custos políticos, trata-se sempre de empurrar a factura da decisão para o lado. É para esta exibição de cobardia política que temos uma democracia representativa? Os portugueses fazem muito bem em abster-se nestes referendos. Se os políticos fazem propostas, que arquem com os custos, já que proveitos, estes até são antecipados.

Agora passar a factura de um sim ou de um não ao povo num assunto como este é que não... Porque não levar a pena de morte a referendo, também? E que tal o código da estrada? Impostos? Ordenado mínimo?

O que a partidocracia portuguesa transmite é: nós não queremos assumir a responsabilidade, caro povo. Sejam amigos e tratem de ser responsáveis por nós.

Chega de cobardias. Se os políticos lutam tanto pelo poder, então assumam-no. Não endossem as decisões desagradáveis para referendos populares.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?