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Monday, November 07, 2005

 

Cobertura dos eventos de Paris na blogosfera

Muito boa no No Passaran. Também a ler O Insurgente, mais perto.

Quanto a mim: posso ser libertário, mas a verdade é que um leviathan é necessário. Não posso deixar de reconhecer, por muito que isso me desagrade, a necessidade de um estado. E, se algum contrato social existe, é que o estado é, antes de mais nada, um fornecedor de protecção contra violência em troca de dinheiro, um pouco ao modo das máfias. Numa sociedade democrática, temos alguns privilégios adicionais, tais como a oportunidade de escolher quem serão os padrinhos, os capos e por aí fora.

Dada uma situação como a actual em França, a única opção que o governo françês tem é usar da força necessária para repor a ordem. É isso que a grande maioria dos cidadãos esperam - e necessitam. Esta é a tarefa mais urgente, e por isso é difícil perceber as hesitações deste últimos dias. Quando rebentaram os motins em Los Angeles, um presidente democrata, Bill Clinton, não hesitou tanto para enviar a Guarda Nacional (exército territorial) para repôr a ordem. O estado arroga-se ao monopólio da violência: que utilize essa violência quando uma minoria que apenas se representa a si própria utiliza violência indiscriminada para descarregar as suas frustrações.

Os jornais titulam 'A Intifada'. E é isso mesmo. Em Paris, tal como na Palestina, frustrações acumuladas explodem numa onda de violência indiscriminada e sem qualquer objectivo. Resta lembrar que, muito embora estas ondas de violência insensata nasçam sem qualquer objectivo concreto, habitualmente não tarda muito até aparecer alguém que as pretende - e muitas vezes consegue - manipular.

Quanto aos motivos, após a resolução do imediato, existirá muito tempo para efectuar o necessário post mortem. A maioria são óbvios, mas, quanto a mim, o que verdadeiramente conduziu ao empolar da situação foi a mentalidade politicamente motivada na maioria dos media, que mal conseguem esconder a sua satisfação com os eventos, e a simpatia que sentem pelos seus perpretadores.

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