Tuesday, February 15, 2005
A campanha em português
Ao passar os olhos por qualquer um dos jornais publicados fico com a impressão que o resultado das eleições do próximo dia 20 está já decidido. Os jornalistas sentiram o cheiro a sangue no discurso de 'governo vigiado' de Sampaio, aproveitaram a falta de consenso dentro do PSD relativamente à liderança de Pedro Santana Lopes, juntaram uma generosa dose de demagogia politicamente correcta à Francisco Louçã e por aqui me sigo.
Tiro e queda. Este governo nem seis meses durou. Enquanto isso, fabricavam um lider 'responsável', 'combativo' e 'inteligente' para vencer, primeiro o combate de galos pelo poleiro do PS, mais tarde as eleições legislativas. A amável nulidade do engenheiro Socrates foi vendida como simpatia, a sua cega obstinação como decisão, a sua obvia falta de ideias originais como prova de competência.
Sampaio, demonstrando a sua solidariedade politica, ao ver-se livre de um lider invendável aos portugueses - Ferro Rodrigues, uma carta queimada nas chamas do processo Casa Pia - lembrou-se uma bela manhã que as condições para que o país fosse novamente governado pelo seu partido já estavam reunidas. Existia apenas aquela incómoda maioria parlamentar que suportava o governo. Ora,mas o que é isso entre amigos de esquerda? A assembleia dissolve-se, as eleições convocam-se, assim o resultado seja o desejado...
E assim vogamos, rumo a um novo governo do PS. Deixo apenas dois cenários possíveis: um para o futuro próximo, outro para o médio prazo.
Para a próxima semana: vamos supor que o PSD de Pedro Santana Lopes vence apesar de tudo as eleições. Afinal, em Novembro passado, Kerry também já tinha a corrida no papo. No último Março, Aznar era o vencedor antecipado. As surpresas acontecem, e os media enganam-se ainda mais nas suas previsões do que os metereologistas. Posso apenas imaginar o ambiente na cerimónia de tomada de posse de um novo governo. Ou seria que Sampaio dissolveria novamente a assembleia, alegando que os portugueses não tinham percebido a sua posição?
Para o ano que vem: Socrates é primeiro ministro, suportado por uma impante maioria absoluta na assembleia. Infelizmente as eleições presidenciais não correram assim tão bem, e, sei lá, Cavaco é eleito presidente. Simultâneamente, na frente económica as coisas também não correm assim muito bem: o desemprego continua a aumentar, o 'choque tecnológico' não funcionou - os mortos não reagem nem a choques - e, quem sabe, chega um puxão de orelhas da União Europeia por causa do deficit de 2005. Entretanto, já Pedro Santana Lopes abandonou a liderança do PSD. Após (mais) uma crisesita, por exemplo, António Vitorino decide que já que não é comandante não tem que ir ao fundo com o navio e demite-se, como antes do geverno de Guterres, Cavaco não tem outra 'solução' senão dissolver a assembleia (eh, eh, eh). O cenário ainda é mais engraçado se o presidente da República fôr... Santana Lopes!
Tiro e queda. Este governo nem seis meses durou. Enquanto isso, fabricavam um lider 'responsável', 'combativo' e 'inteligente' para vencer, primeiro o combate de galos pelo poleiro do PS, mais tarde as eleições legislativas. A amável nulidade do engenheiro Socrates foi vendida como simpatia, a sua cega obstinação como decisão, a sua obvia falta de ideias originais como prova de competência.
Sampaio, demonstrando a sua solidariedade politica, ao ver-se livre de um lider invendável aos portugueses - Ferro Rodrigues, uma carta queimada nas chamas do processo Casa Pia - lembrou-se uma bela manhã que as condições para que o país fosse novamente governado pelo seu partido já estavam reunidas. Existia apenas aquela incómoda maioria parlamentar que suportava o governo. Ora,mas o que é isso entre amigos de esquerda? A assembleia dissolve-se, as eleições convocam-se, assim o resultado seja o desejado...
E assim vogamos, rumo a um novo governo do PS. Deixo apenas dois cenários possíveis: um para o futuro próximo, outro para o médio prazo.
Para a próxima semana: vamos supor que o PSD de Pedro Santana Lopes vence apesar de tudo as eleições. Afinal, em Novembro passado, Kerry também já tinha a corrida no papo. No último Março, Aznar era o vencedor antecipado. As surpresas acontecem, e os media enganam-se ainda mais nas suas previsões do que os metereologistas. Posso apenas imaginar o ambiente na cerimónia de tomada de posse de um novo governo. Ou seria que Sampaio dissolveria novamente a assembleia, alegando que os portugueses não tinham percebido a sua posição?
Para o ano que vem: Socrates é primeiro ministro, suportado por uma impante maioria absoluta na assembleia. Infelizmente as eleições presidenciais não correram assim tão bem, e, sei lá, Cavaco é eleito presidente. Simultâneamente, na frente económica as coisas também não correm assim muito bem: o desemprego continua a aumentar, o 'choque tecnológico' não funcionou - os mortos não reagem nem a choques - e, quem sabe, chega um puxão de orelhas da União Europeia por causa do deficit de 2005. Entretanto, já Pedro Santana Lopes abandonou a liderança do PSD. Após (mais) uma crisesita, por exemplo, António Vitorino decide que já que não é comandante não tem que ir ao fundo com o navio e demite-se, como antes do geverno de Guterres, Cavaco não tem outra 'solução' senão dissolver a assembleia (eh, eh, eh). O cenário ainda é mais engraçado se o presidente da República fôr... Santana Lopes!
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