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Friday, August 19, 2005

 

Ainda sobre Gaza e José Mário Silva

A quem diz que o poste de José Mário Silva não é racista, que pegue num qualquer noticiário - que existem às dezenas - sobre confrontos na faixa de Gaza ou na Margem Ocidental, e faça o mesmo comentário, a fraude para as TVs, substituindo os 'colonos israelitas' por 'refugiados palestinianos', e que diga que a linguagem não é racista. Não é racista, não, eles é que são judeus.

A questão aqui é tão só pavloviana. Toquem a campainha dos Estados Unidos, que os esquerdistas em unissono começam a salivar anti-americanismo. Israel era para eles um país respeitável enquanto apoiado pelas potências europeias: o Reino Unido, que com Israel e a França cozinhou a aventura do Suez, e a França que lhe forneceu os seu programa nuclear (para além de quantidades substanciais de armamento até 1967).

Quando de Gaulle retirou o tapete ao Estado de Israel, e este se viu obrigado a procurar novos aliados, acabando nos braços dos Estados Unidos, cometeu para a esquerda o seu pecado capital. A partir desse momento qualquer acção dos israelitas, tal como dos americanos liga o seu mecanismo pavloviano de defesa do indenfensável: a sua vocação totalitarista.

A esquerda, em nome de belos ideais, sempre conseguiu desculpar o indesculpável: desde os massacres na Comuna de Paris (ironicamente a respectiva repressão é para eles um crime abominável), passando pelo terror vermelho de Lenine (que contou com a prazenteirosa colaboração do Exército Vermelho, às ordens de Trotsky), pelas purgas de Staline, pelos genocídios de Mao ou Pol-Pot (etc, etc, etc) e terminando hoje na defesa objectiva do fundamentalismo islâmico mais retrógrado e reaccionário. Tudo em nome de belos ideais!

Acusaram-me falsamente de ser um fã do Goebbels. O desprezo que tenho pelo fascismo ou nazismo (note-se embora que existem diferenças substanciais entre os dois tipos de regime) é tão grande como o que tenho pelos restantes totalitários. Pinochet ou Hitler não são nem melhores nem piores que Castro ou Staline, embora os últimos tenham sido muito mais bem sucedidos. Tenho no entanto que reconhecer que prefiro mil vezes os totalitários de direita, que mostram claramente as doutrinas repugnantes que defendem, ao invés de taparem os seus massacres com a peneira dos amanhãs que cantam.

Comments:
Pedro, muito bons pontos de vista que apresenta aqui.

Infelizmente, o movimento de esquerda que critica todos aqueles que os acham hipócritas faz com que sejamos todos etiquetados de "fascistas" e "nazis". Especialmente a nós, libertários que tanto criticamos o totalitarismo.Simplesmente não ligue a isso. E que fique bem claro que Hitler e Mussolini eram líderes de base socialista (coisa que a esquerda prefere omitir por conveniência).

A esquerda baseia-se precisamente nisto. Negação da realidade. Vemos os israelitas a serem arrastados pelos militares mas a esquerda prefere chamar-lhe farsa e os meios de comunicação preferem dizer que é merecido depois de tudo o que os judeus fizeram. Serão por acaso os judeus os que cometem atentados terroristas todos os dias? Terra ocupada? Será que já se esqueceram da guerra dos 6 dias e de todas as alianças à volta para destruir Israel? (as mesmas que continuam a existir hoje em dia)

Serão os judeus que dizem “Hoje Gaza, amanha Jerusalém”? A negação é tão grande que ate lhe poderão chamar nazi a si, embora sabendo muito bem que os nazis são defensores do “anti-sionismo”

Começo a pensar que a única esperança são os poucos blogues como os nossos que alguma gente ainda vai lendo..

cuprimentos.
 
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