Tuesday, August 23, 2005
Clarificação
"Foi uma guerra psicológica. Tratou-se de um reality show: uma parte verdadeira, outra encenada. É muito difícil perceber o que é genuíno ou não." Tom Segev
Ora aqui temos uma frase interessante que também eu li hoje no Público (sem link). Interessante porque muito reveladora. A conclusão nega a introdução: uma 'parte [é] verdadeira, outra encenada', mas 'é muito difícil perceber o que é genuíno ou não'. Já a frase que se refere à guerra psicológica é inegável. É inegável porque todas a guerras são antes de mais psicológicas. De algum modo, também o Hamas, a Jihad Islâmica ou o Hezbollah travam uma guerra psicológica contra o Estado de Israel, simplesmente utilizando meios substancialmente mais duros.
Portanto das duas uma, ou Tom Segev faz de todos nós totós, e pensa que ninguém se apercebe da sua elegante forma de fazer uma afirmação e a respectiva negação na mesma frase, ou chama-nos a todos tótós - nós, reles mortais, não conseguimos distinguir a encenação da realidade; necessitamos da intervenção do omniscienteespírito santo jornalista para nos explicar como que é que devemos entender as imagens que vemos.
Claro! Em que é que devemos acreditar? Nos nossos olhos que mentem, ou na prosa destilada nos media pelos novos profetas do bem e do mal?
Ora aqui temos uma frase interessante que também eu li hoje no Público (sem link). Interessante porque muito reveladora. A conclusão nega a introdução: uma 'parte [é] verdadeira, outra encenada', mas 'é muito difícil perceber o que é genuíno ou não'. Já a frase que se refere à guerra psicológica é inegável. É inegável porque todas a guerras são antes de mais psicológicas. De algum modo, também o Hamas, a Jihad Islâmica ou o Hezbollah travam uma guerra psicológica contra o Estado de Israel, simplesmente utilizando meios substancialmente mais duros.
Portanto das duas uma, ou Tom Segev faz de todos nós totós, e pensa que ninguém se apercebe da sua elegante forma de fazer uma afirmação e a respectiva negação na mesma frase, ou chama-nos a todos tótós - nós, reles mortais, não conseguimos distinguir a encenação da realidade; necessitamos da intervenção do omnisciente
Claro! Em que é que devemos acreditar? Nos nossos olhos que mentem, ou na prosa destilada nos media pelos novos profetas do bem e do mal?