Wednesday, September 27, 2006
O famoso Key Judgments of the National Intelligence Estimate...
... está disponível online, numa versão sintética. De facto, num ataque «preventivo», a administração Bush resolveu desclassificar este relatório, que já tinha convenientemente transpirado para a comunicação social «isenta», tipo NYTimes e WaPo.
Fiz download do pdf do site da CNN. No momento em que escrevo o link está na página principal, mas sabendo-se do afã dos jornalistas em fazer rodar rapidamente os ciclos noticiosos - principalmente quando as notícias não são muito politicamente correctas - aqui vai um link directo. O mesmo relatório também se encontra disponível aqui, igualmente em pdf.
Sublinham-se os pontos seguintes:
A al-Qaeda está a apanhar uma tareia, mas ainda são perigosos (para os Estados Unidos): United States-led counterterrorism efforts have seriously damaged the leadership of al-Qa’ida and disrupted its operations; however, we judge that al-Qa’ida will continue to pose the greatest threat to the Homeland and US interests abroad by a single terrorist organization.
Apesar de mais espalhado ou difuso, fazendo com que os actores do terrorismo global sejam mais difíceis de controlar, o movimento jidahista não possui uma estratégia global: We assess that the global jihadist movement is decentralized, lacks a coherent global strategy, and is becoming more diffuse.
A intervenção dos Estados Unidos e Grã-Bretanha no Iraque deu origem a uma nova geração de leaders jidahistas: We assess that the Iraq jihad is shaping a new generation of terrorist leaders and operatives. No entanto a sua influência futura depende do seu sucesso nesta luta: perceived jihadist success there would inspire more fighters to continue the struggle elsewhere.
De momento, os factores que espalham o jidahismo sobrepõem-se aos que o fazem diminuir: We assess that the underlying factors fueling the spread of the movement outweigh its vulnerabilities and are likely to do so for the duration of the timeframe of this Estimate.
No entanto as vulnerabilidades do movimento jidahista podem fazer com que a sua difusão seja mais limitada: Concomitant vulnerabilities in the jihadist movement have emerged that, if fully exposed and exploited, could begin to slow the spread of the movement. They include dependence on the continuation of Muslim-related conflicts, the limited appeal of the jihadists radical ideology, the emergence of respected voices of moderation, and criticism of the violent tactics employed against mostly Muslim citizens.
O progresso da democracia nos países islâmicos nos próximos 5 anos deverá dividir os extremistas e movimentos dispostos a utilizar os mecanismos democráticos para atingir os seus objectivos locais, embora o período de transição possa originar instabilidade susceptível de exploração por parte do jidahistas: If democratic reform efforts in Muslim majority nations progress over the next five years, political participation probably would drive a wedge between intransigent extremists and groups willing to use the political process to achieve their local objectives. Nonetheless, attendant reforms and potentially destabilizing transitions will create new opportunities for jihadists to exploit.
A Síria e principalmente o Irão utilizam grupos terroristas como ferramenta política: While Iran, and to a lesser extent Syria, remain the most active state sponsors of terrorism, many other states will be unable to prevent territory or resources from being exploited by terrorists.
Existe o risco de outros grupos esquerdistas, anti-globalização e anti-americanos se sintam tentados a utilizar as mesmas tácticas: Anti-US and anti-globalization sentiment is on the rise and fueling other radical ideologies. This could prompt some leftist, nationalist, or separatist groups to adopt terrorist methods to attack US interests. The radicalization process is occurring more quickly, more widely, and more anonymously in the Internet age, raising the likelihood of surprise attacks by unknown groups whose members and supporters may be difficult to pinpoint.
Que a al-Qaeda está a apanhar uma tareia, não é novidade nenhuma. Note-se que o relatório - datado de Abril deste ano - sublinha que a eventual captura de al-Zarqawi - que já não se encontra entre nós - seria uma vitória importante. Acrescente-se que o fim violento das figuras de destaque do movimento jidahista torna-o pouco atractivo para politicos na acepção normal do termo. Restam os casos de manicómio, que embora apresentem os seus perigos - basta lembrar Hitler, Stalin ou Mao - são menos atractivos para a generalidade da população. É por este motivo que uma transição democrática, tal como a iniciada com a operação Iraqi Freedom, apesar de apresentar os seus riscos inerentes - quem não se lembra da transição democrática em Portugal, quando pouco nos faltou para saltar directamente da frigideira fascista para o lume comunista - é também a única via disponível. Já se perdeu uma oportunidade de ouro ao abandonar o Irão à sanha do islamismo radical devido ao contexto da Guerra Fria que se vivia em 1979, associado à politica hesitante da administração Carter.
O jidahismo não começou com a guerra no Iraque, já estava bem activo antes. Activo nos Territórios Ocupados, activo no sul do Líbano e activo na Caxemira. O atentado de 11 de Setembro de 2001 não foi o primeiro contra o World Trade Center. As embaixadas americanas em África não foram atacadas por causa do Iraque, nem por causa da administração Bush. Nisso, as desculpas dos jidahistas confundem-se com as dos esquerdistas: os que em 2000 suspiraram na Europa por Gore, e em 2004 por Kerry, foram os mesmos que pintaram nas paredes «Clinton Go Home». O pecado de Bush não é ser republicano, neo-conservador ou religioso: é ser presidente dos Estados Unidos.
Fiz download do pdf do site da CNN. No momento em que escrevo o link está na página principal, mas sabendo-se do afã dos jornalistas em fazer rodar rapidamente os ciclos noticiosos - principalmente quando as notícias não são muito politicamente correctas - aqui vai um link directo. O mesmo relatório também se encontra disponível aqui, igualmente em pdf.
Sublinham-se os pontos seguintes:
A al-Qaeda está a apanhar uma tareia, mas ainda são perigosos (para os Estados Unidos): United States-led counterterrorism efforts have seriously damaged the leadership of al-Qa’ida and disrupted its operations; however, we judge that al-Qa’ida will continue to pose the greatest threat to the Homeland and US interests abroad by a single terrorist organization.
Apesar de mais espalhado ou difuso, fazendo com que os actores do terrorismo global sejam mais difíceis de controlar, o movimento jidahista não possui uma estratégia global: We assess that the global jihadist movement is decentralized, lacks a coherent global strategy, and is becoming more diffuse.
A intervenção dos Estados Unidos e Grã-Bretanha no Iraque deu origem a uma nova geração de leaders jidahistas: We assess that the Iraq jihad is shaping a new generation of terrorist leaders and operatives. No entanto a sua influência futura depende do seu sucesso nesta luta: perceived jihadist success there would inspire more fighters to continue the struggle elsewhere.
De momento, os factores que espalham o jidahismo sobrepõem-se aos que o fazem diminuir: We assess that the underlying factors fueling the spread of the movement outweigh its vulnerabilities and are likely to do so for the duration of the timeframe of this Estimate.
No entanto as vulnerabilidades do movimento jidahista podem fazer com que a sua difusão seja mais limitada: Concomitant vulnerabilities in the jihadist movement have emerged that, if fully exposed and exploited, could begin to slow the spread of the movement. They include dependence on the continuation of Muslim-related conflicts, the limited appeal of the jihadists radical ideology, the emergence of respected voices of moderation, and criticism of the violent tactics employed against mostly Muslim citizens.
O progresso da democracia nos países islâmicos nos próximos 5 anos deverá dividir os extremistas e movimentos dispostos a utilizar os mecanismos democráticos para atingir os seus objectivos locais, embora o período de transição possa originar instabilidade susceptível de exploração por parte do jidahistas: If democratic reform efforts in Muslim majority nations progress over the next five years, political participation probably would drive a wedge between intransigent extremists and groups willing to use the political process to achieve their local objectives. Nonetheless, attendant reforms and potentially destabilizing transitions will create new opportunities for jihadists to exploit.
A Síria e principalmente o Irão utilizam grupos terroristas como ferramenta política: While Iran, and to a lesser extent Syria, remain the most active state sponsors of terrorism, many other states will be unable to prevent territory or resources from being exploited by terrorists.
Existe o risco de outros grupos esquerdistas, anti-globalização e anti-americanos se sintam tentados a utilizar as mesmas tácticas: Anti-US and anti-globalization sentiment is on the rise and fueling other radical ideologies. This could prompt some leftist, nationalist, or separatist groups to adopt terrorist methods to attack US interests. The radicalization process is occurring more quickly, more widely, and more anonymously in the Internet age, raising the likelihood of surprise attacks by unknown groups whose members and supporters may be difficult to pinpoint.
Que a al-Qaeda está a apanhar uma tareia, não é novidade nenhuma. Note-se que o relatório - datado de Abril deste ano - sublinha que a eventual captura de al-Zarqawi - que já não se encontra entre nós - seria uma vitória importante. Acrescente-se que o fim violento das figuras de destaque do movimento jidahista torna-o pouco atractivo para politicos na acepção normal do termo. Restam os casos de manicómio, que embora apresentem os seus perigos - basta lembrar Hitler, Stalin ou Mao - são menos atractivos para a generalidade da população. É por este motivo que uma transição democrática, tal como a iniciada com a operação Iraqi Freedom, apesar de apresentar os seus riscos inerentes - quem não se lembra da transição democrática em Portugal, quando pouco nos faltou para saltar directamente da frigideira fascista para o lume comunista - é também a única via disponível. Já se perdeu uma oportunidade de ouro ao abandonar o Irão à sanha do islamismo radical devido ao contexto da Guerra Fria que se vivia em 1979, associado à politica hesitante da administração Carter.
O jidahismo não começou com a guerra no Iraque, já estava bem activo antes. Activo nos Territórios Ocupados, activo no sul do Líbano e activo na Caxemira. O atentado de 11 de Setembro de 2001 não foi o primeiro contra o World Trade Center. As embaixadas americanas em África não foram atacadas por causa do Iraque, nem por causa da administração Bush. Nisso, as desculpas dos jidahistas confundem-se com as dos esquerdistas: os que em 2000 suspiraram na Europa por Gore, e em 2004 por Kerry, foram os mesmos que pintaram nas paredes «Clinton Go Home». O pecado de Bush não é ser republicano, neo-conservador ou religioso: é ser presidente dos Estados Unidos.
Tuesday, September 26, 2006
Little Green Footballs is down
I hope it is not a DOS attack and that everything's OK with Charles. My very best wishes of success to him.
[Update] The site is back online. I'd hate to lose one of my best sources...
[Update] The site is back online. I'd hate to lose one of my best sources...
Saturday, September 23, 2006
Morto?
Monday, September 18, 2006
Só para Sócrates
Cá está o modelo sueco! (registo gratuíto necessário)
Sweden’s Governing [Socialist] Party Voted Out After 12 Years
Sweden’s Governing [Socialist] Party Voted Out After 12 Years
Islam is peace!
Tolerância
Saturday, September 16, 2006
Religião da Paz ...
The enemy inside
In a photo obtained by an infiltrated element, members of the 'peace' organization International Solidarity Movement pose with weapons belonging to the terrorist movement al-Aqsa Brigades. Read all the details in FrontPage Magazine.
Friday, September 08, 2006
Nuclear risks
Helian, one of Davids Medienkritik's readers, writes on the risks posed by proliferation of nuclear material to terrorist groups:
The most likely form of nuclear attack in the modern world is one carried out by terrorists. In carrying out such an attack, the attackers might well use a device quite different from the sophisticated weapon that military experts suggest it will take Iran “five to eight years” to develop. Current thought on this subject is often informed by what one might call the “Hiroshima fallacy,” the belief that terrorists would not consider the use of a nuclear weapon significantly less sophisticated than the first weapon used against Japan, or one with a yield significantly less than the yield of that weapon. This is simply not true. Terrorists could inflict tremendous damage in terms of both human life and economic disruption with much simpler devices. Another potentially dangerous fallacy is the notion that terrorists could not attack without transporting a complete weapon to the target. This, too, is nonsense.
Read it all.
The most likely form of nuclear attack in the modern world is one carried out by terrorists. In carrying out such an attack, the attackers might well use a device quite different from the sophisticated weapon that military experts suggest it will take Iran “five to eight years” to develop. Current thought on this subject is often informed by what one might call the “Hiroshima fallacy,” the belief that terrorists would not consider the use of a nuclear weapon significantly less sophisticated than the first weapon used against Japan, or one with a yield significantly less than the yield of that weapon. This is simply not true. Terrorists could inflict tremendous damage in terms of both human life and economic disruption with much simpler devices. Another potentially dangerous fallacy is the notion that terrorists could not attack without transporting a complete weapon to the target. This, too, is nonsense.
Read it all.
Why don't they try to look into a mirror?
U.S. Democratic party is making a fuss about the planned ABC's show The Path to 9/11, scheduled to air next week. Actually the word is that they're trying to press the network into censoring the show so that it doen't look so hard on Clinton's administration. From a Democratic National Committee's mail (transcription found here):
“The Path to 9/11” is actually a bald-faced attempt to slander Democrats and revise history right before Americans vote in a major election.
Strange. I don't recall the DNC worryed, back in 2004, just before November's election, with all the Moore's efforts to assure the airing of the Farenheit 911 'documentary'...
They're clearly missing mirrors at the DNC.
[UPDATE] A lot more on this censorship attempt at Michelle Malkin's blog.
“The Path to 9/11” is actually a bald-faced attempt to slander Democrats and revise history right before Americans vote in a major election.
Strange. I don't recall the DNC worryed, back in 2004, just before November's election, with all the Moore's efforts to assure the airing of the Farenheit 911 'documentary'...
They're clearly missing mirrors at the DNC.
[UPDATE] A lot more on this censorship attempt at Michelle Malkin's blog.
Tuesday, September 05, 2006
Necrophilia at the EU
... as Germany's Frank-Walter Steinmeier and France's Philippe Douste-Blazy foreign ministers dig for European Constitution corpse.
... e é este homem político!
Pergunta o desnorteado Professor Vital, «...por que é que Israel não aceitou as inevitáveis negociações, em vez de se lançar na guerra, com os custos humanos e materiais que ela teve...», baseado em declarações de Kofi Annan - que deveriam ser olhadas de um modo mais crítico - públicadas no Diário Digital. Note-se que lá mais para o fim da crónica - afinal os jornalistas andaram todos na mesma escola, que pelos visto é a mesma que o Professor Vital frequêntou - o não identificado articulista escreve textualmente:
«O Hezbollah tem dito que apenas liberta os dois soldados em troca de prisioneiros árabes em Israel, enquanto o Governo israelita tem insistido numa libertação incondicional.»
Esta frasezita deve ter escapado ao anónimo jornalista que fabricou o título da «notícia», ao Professor Vital, e até ao líder das corruptas Nações Unidas, Kofi Annan, que, na minha opinião, se limita a pressionar Israel como pode - e sem quaisquer resultados de momento.
Já agora, a guerra contra o Hizballah teve para Israel, quanto mais não seja, a vantagem de elevar o custo da agressão contra o seu território. Se Israel se limitasse às negociações tão desejadas pelos compagnons de route do islamofascismo, qualquer terrorista de pacotilha apenas teria que raptar uns soldados ou cidadãos israelitas para obter o que quisesse desse país. Parece que já esqueceram as lições da escalada para a Segunda Guerra Mundial... Quem deseja a paz a todo o custo será arrastado de humilhação em humilhação, e no final terá, de qualquer modo, a guerra. Só que estará muito pior preparado.
Mas estes lapsos, caro Professor, mostram bem de que lado se encontram aqueles que, escudando-se atrás de um politicamente correcto humanitarismo, aceitam acríticamente a propaganda mais rasteira, as mentiras mais descaradas, a falsificação e manipulação mais básica, desde que esta suporte os argumentos dos nossos inimigos. Tão argutos a detectar as mais pequenas nuances nas entrelinhas de um discurso político, e tão apressados a engolir tangas, desde que estas estejam de acordo com os seus preconceitos. Tão espertos para umas coisas, tão tótós para outras.
É verdadeiramente fascinante! O que fará certos intelectuais repararem tanto no mal próximo, e serem tão cegos para o mal distante, numa atitude de pacóvios provincianos cosmopolitas? Quais modernos «estrangeirados», deleitam-se nos pormenores do folclore civilizacional, vendo todo o mal na sua sociedade e todo o bem noutras. Nisso não são melhores que a caricatura do emigrante parisiense, antes pelo contrário. É que o emigrante, pelo menos, vive noutra sociedade, enquanto que esses intelectuais vivem de nos repetir quão maldosos e defeituosos somos, mas não nos desamparam a loja.
Confesse, Professor: qual é o seu pecado? O que é que o leva, a si e aos seus a exigir a expiação, não apenas pessoal, mas a de toda a sociedade? Expiação pelas guerras? Olhe que as mais mortíferas foram intracivilizacionais. Expiação pelo colonialismo? Isso não passa da tendência natural de expansão cultural. Ou será existem colonialismos bons e colonialismos maus? Expiação pela exploração? Mas a exploração capitalista é a melhor forma de enriquecer o conjunto da sociedade, está aí a História para o mostrar. Não partilho o seu pecado, Professor, dispenso a sua expiação. E tal como essa é a minha posição, penso que essa é a da grande maioria da população comum.
Já agora, e sem qualquer ironia, parabéns pelas suas corajosas posições relativamente ao escândalo que representa a ADSE. O estado não deve, sob pena quebra da coesão social, tratar os seus cidadãos diferentemente.
«O Hezbollah tem dito que apenas liberta os dois soldados em troca de prisioneiros árabes em Israel, enquanto o Governo israelita tem insistido numa libertação incondicional.»
Esta frasezita deve ter escapado ao anónimo jornalista que fabricou o título da «notícia», ao Professor Vital, e até ao líder das corruptas Nações Unidas, Kofi Annan, que, na minha opinião, se limita a pressionar Israel como pode - e sem quaisquer resultados de momento.
Já agora, a guerra contra o Hizballah teve para Israel, quanto mais não seja, a vantagem de elevar o custo da agressão contra o seu território. Se Israel se limitasse às negociações tão desejadas pelos compagnons de route do islamofascismo, qualquer terrorista de pacotilha apenas teria que raptar uns soldados ou cidadãos israelitas para obter o que quisesse desse país. Parece que já esqueceram as lições da escalada para a Segunda Guerra Mundial... Quem deseja a paz a todo o custo será arrastado de humilhação em humilhação, e no final terá, de qualquer modo, a guerra. Só que estará muito pior preparado.
Mas estes lapsos, caro Professor, mostram bem de que lado se encontram aqueles que, escudando-se atrás de um politicamente correcto humanitarismo, aceitam acríticamente a propaganda mais rasteira, as mentiras mais descaradas, a falsificação e manipulação mais básica, desde que esta suporte os argumentos dos nossos inimigos. Tão argutos a detectar as mais pequenas nuances nas entrelinhas de um discurso político, e tão apressados a engolir tangas, desde que estas estejam de acordo com os seus preconceitos. Tão espertos para umas coisas, tão tótós para outras.
É verdadeiramente fascinante! O que fará certos intelectuais repararem tanto no mal próximo, e serem tão cegos para o mal distante, numa atitude de pacóvios provincianos cosmopolitas? Quais modernos «estrangeirados», deleitam-se nos pormenores do folclore civilizacional, vendo todo o mal na sua sociedade e todo o bem noutras. Nisso não são melhores que a caricatura do emigrante parisiense, antes pelo contrário. É que o emigrante, pelo menos, vive noutra sociedade, enquanto que esses intelectuais vivem de nos repetir quão maldosos e defeituosos somos, mas não nos desamparam a loja.
Confesse, Professor: qual é o seu pecado? O que é que o leva, a si e aos seus a exigir a expiação, não apenas pessoal, mas a de toda a sociedade? Expiação pelas guerras? Olhe que as mais mortíferas foram intracivilizacionais. Expiação pelo colonialismo? Isso não passa da tendência natural de expansão cultural. Ou será existem colonialismos bons e colonialismos maus? Expiação pela exploração? Mas a exploração capitalista é a melhor forma de enriquecer o conjunto da sociedade, está aí a História para o mostrar. Não partilho o seu pecado, Professor, dispenso a sua expiação. E tal como essa é a minha posição, penso que essa é a da grande maioria da população comum.
Já agora, e sem qualquer ironia, parabéns pelas suas corajosas posições relativamente ao escândalo que representa a ADSE. O estado não deve, sob pena quebra da coesão social, tratar os seus cidadãos diferentemente.
A curious way to search for news...
NewzBubble.com is well worth a click, even still being a BETA version... Link via Harry's Place. Enjoy!
Monday, September 04, 2006
Más notícias do Afeganistão
Escreve Vital Moreira no seu descomprometido blogue, apoiando-se em mais uma peça de propaganda no New York Times, elaborada com base em informações dessa outra organização completamente isenta, as Nações Unidas. E porquê esta?
Será que as más notícias são estas?
More than 200 Taliban fighters have been killed in a major Nato offensive in southern Afghanistan, along with four Canadian troops.
Nisso não se afasta dos seus mentores nos media. O New York Times: 'Friendly Fire' Kills NATO Soldier in Afghanistan; Washington Post: U.S. Planes Kill Canadian in Afghanistan; Times Online: British military loses three men in Iraq and Afghanistan; The Guardian: British military toll continues to rise; Le Monde: Violents affrontements entre l'OTAN et les talibans. A referência às 200 baixas do inimigo são convenientemente relegadas para fora dos primeiros parágrafos...
Só para animar, mais más notícias para o Sr. Professor: Iraq Cites Arrest of a Top Local Insurgent (Washington Post) ou Not Wanted: An Exit Strategy (op-ed no Washington Post, particularmente chocante, Sr. Professor: parece que os iraquianos querem ser oprimidos!)...
E passe bem!
Será que as más notícias são estas?
More than 200 Taliban fighters have been killed in a major Nato offensive in southern Afghanistan, along with four Canadian troops.
Nisso não se afasta dos seus mentores nos media. O New York Times: 'Friendly Fire' Kills NATO Soldier in Afghanistan; Washington Post: U.S. Planes Kill Canadian in Afghanistan; Times Online: British military loses three men in Iraq and Afghanistan; The Guardian: British military toll continues to rise; Le Monde: Violents affrontements entre l'OTAN et les talibans. A referência às 200 baixas do inimigo são convenientemente relegadas para fora dos primeiros parágrafos...
Só para animar, mais más notícias para o Sr. Professor: Iraq Cites Arrest of a Top Local Insurgent (Washington Post) ou Not Wanted: An Exit Strategy (op-ed no Washington Post, particularmente chocante, Sr. Professor: parece que os iraquianos querem ser oprimidos!)...
E passe bem!
Sunday, September 03, 2006
Those damned jews
They even steal leaves from trees. That's what brings the Autumn! Didn't you know?
A nazi film for children.
A nazi film for children.
A Longa Pequena Marcha
O grande educador da classe operária, Francisco Louçã, retoma vestutas tradições totalitárias revolucionárias, e inicia uma marcha sobre Lisboa, com início em Braga. Qual General Gomes da Costa Mao Zedong, virá regenerar uma pátria doente libertar os famélicos do desemprego, pobres e à merçê de um qualquer Rendimento Mínimo Garantido.
No final destaGrande Pequena Marcha, alegrem-se, camaradas, companheiros e palhaços, belos e radiosos sóis nos aguardam à medida que Portugal se aproxime desses grandes faróis de liberdade que são a República Popular da Coreia, Cuba, Venezuela, e porque não, a República Islâmica do Irão, a Autoridade Palestiniana ou qualquer outro desses alegres paraísos espalhados na superfície do globo.
No final desta
Saturday, September 02, 2006
New paradygms
Traditionally, some people, posing as modern and thinking they’re following the right path of history, used to oppose reaction against revolution, and accordingly labelled their opponents as reactionary. The reaction and its agents represented then the side of history that was being defeated, so said the progressive wisdom. While some of their goals were easily uncovered as impossible – something in the line of ‘Marxism: great theory, wrong species’ – and others as lame excuses for imposing tyrannies surpassing anything previously seen in modern times – we just have to remember that twentieth century greatest murderers weren’t the Nazis, as despicable and racist was their regime, but the communist/socialist ideology, and its agents: Stalin, Mao, Pol Pot or Kim Il Sung – some other goals were quite reasonable, feasible, and why not, just. Those were slowly put in place by the very same regimes that those progressives fought.
This successful struggle had, and still has, several important consequences for the victorious left: first, and most important, it gave them a virtual double personality. The utopia isn’t for this world; once our dreams are fulfilled we need something else. The left intelligentsia rules all western cultural institutions and most political ones. It pervades the mass media, the arts, and drains its power from this domination. But this domination means that they’re no longer revolutionary. Revolution is never main stream.
Many political analysts associate left’s orphanage with the demise of the Soviet Union. I don’t completely agree with them. While this may be true for some, especially in Europe, I think that left’s ‘orphan’ status is mainly from their lack of real goals, and the sorrow for their revolutionary status. Because today, as always, those who hold the levers of power are the reaction, certainly never the revolution.
This successful struggle had, and still has, several important consequences for the victorious left: first, and most important, it gave them a virtual double personality. The utopia isn’t for this world; once our dreams are fulfilled we need something else. The left intelligentsia rules all western cultural institutions and most political ones. It pervades the mass media, the arts, and drains its power from this domination. But this domination means that they’re no longer revolutionary. Revolution is never main stream.
Many political analysts associate left’s orphanage with the demise of the Soviet Union. I don’t completely agree with them. While this may be true for some, especially in Europe, I think that left’s ‘orphan’ status is mainly from their lack of real goals, and the sorrow for their revolutionary status. Because today, as always, those who hold the levers of power are the reaction, certainly never the revolution.
Deliciosa...
... a 'inocente' comparação feita hoje, no noticiário da noite de um dos canais abertos, pelo Prof. Marcelo Rebelo de Sousa entre a Festa do Avante, promovida pelo Partido Comunista, onde o mesmo foi entrevistado, e a Festa do Partido Social Democrata em Chão de Lagoa [corrigido], na Madeira. Sem dúvida que Alberto João é uma contrapartida adequada a Jerónimo. Felizmente apenas um deles possuí algum poder. Ou infelizmente. Idealmente nenhum deles teria poder nenhum, mas enfim, também não se pode ter tudo.